Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

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sexta-feira, 29 de junho de 2018

O primeiro passo para se tornar mestre é aprender a ser discípulo




                Alguns de nós, empolgados pela beleza dos ensinamentos espiritualistas, principalmente na parte que se refere à herança moral deixada pelos grandes mestres que nos deram o prazer de sua presença na Terra, procuramos seguir estes exemplos visando nossa melhora e buscamos nos parecer com eles. A grande maioria desses mestres, independente da época em que viveram, empenharam suas vidas para fazer com que a humanidade avançasse em sua trilha evolutiva. Muitos deles se sacrificaram e caminharam para a morte, a despeito de todo pavor que ela nos causa, de cabeça erguida, sabedores de que a missão estava sendo cumprida. Aqui no ocidente, o exemplo mais conhecido, sem dúvida, é o de Jesus Cristo. Por razões diversas, foram sua história e seu exemplo que nos chegaram com mais intensidade e que causaram mais transformações em nossas vidas materiais e em nossos espíritos imortais.
                No afã de nos tornarmos parecidos com eles, costumamos cometer alguns exageros, ocasionando com esse comportamento o efeito contrário ao que se espera dos iniciados. Para não suscitar dúvidas na interpretação, o que estamos chamando de iniciados aqui, são aquelas pessoas que, por livre vontade decidem se envolver nas doutrinas que foram ensinadas por estas pessoas especiais. Não nos referimos àquelas pessoas que participam de complicadíssimos rituais e que acreditam que sem essa exteriorização não podem ser considerados adeptos das doutrinas ou religiões que fazem parte. É bom que fique claro que não estamos julgando se estão certos ou errados, pois acreditamos que cada um deve julgar e escolher o que é melhor para si. Para isso todos nós temos o livre-arbítrio, isto é, temos condições de saber o que é melhor e escolher. Para nós, o iniciado é aquele que tomou consciência da importância dos temas que lhe foram apresentados e que os escolheu como o caminho que lhe serve para continuar evoluindo. Alguns desses iniciados, encantados pela beleza dos conhecimentos adquiridos, passam a acreditar que podem e devem se tornar iguais a estes grandes mestres e isso acarreta para eles uma série de problemas. O principal deles é a culpa. Sentem culpa por não terem a mesma firmeza moral; a mesma determinação; a mesma disposição; enfim por não conseguirem ter a mesma força do mestre. Sentem-se como fracassados por não conseguirem superar obstáculos simples no dia a dia. Consideram-se incompetentes e despreparados, incapazes de se melhorarem e de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo mestre. Isso acaba produzindo iniciados que se deixam levar pelo pessimismo, pelo desânimo e pela falta de esperança. Imaginam que terão que viver milhares de encarnações até poderem evoluir e se aproximar do ideal pregado pelo mestre. Abrem assim as portas para todo tipo de influência contrária ao progresso e a evolução, tornando-se presas fáceis de espíritos que trabalham pelo atraso e pela estagnação.
                Precisamos entender que os mestres, para chegarem aonde chegaram; para suportar o que suportaram; para ter a força de vontade e a determinação que mostraram, tiveram que passar por uma longa jornada que lhes fortaleceu o espírito e lhes deu condições de enfrentar o que enfrentaram. Eles vieram para nos dar o exemplo e não para exigir que nos tornássemos em pouco tempo iguais a eles. Eram espíritos superiores que sabiam das nossas fraquezas e não esperavam de nós nada que não estivesse ao nosso alcance. Devemos nos esforçar para seguir seus exemplos? Sim! Esse é o esperado do iniciado consciente de sua jornada, porém, não podemos dar mais do que temos. Não podemos fazer nada que esteja acima de nossa capacidade. Lembremo-nos que estamos mergulhados na carne, aprisionados nela, e ela nos impõe condições às quais somos obrigados a nos render. A carne impõe desejos que se tornam mais fortes do que nossa vontade. Alguns desses desejos exigem compensação. Se não forem satisfeitos ou realizados podem nos levar ao desequilíbrio e até mesmo a loucura. Precisamos entender que, por mais que nos esforcemos para seguir os passos dos mestres, poderemos cair de vez em quando, e quando isso acontecer, não devemos fazer disso uma montanha, porque na verdade, é só um punhado de terra.
                Somos falíveis. Essa é uma das características que temos e que, mesmo aparentemente negativa, nos ajuda a progredir. É no jogo de erros e acertos que vamos crescendo e nos tornando melhores. O mundo precisa de mestres, sempre precisou e ainda precisará por muito tempo. Existem muitos discípulos para serem ensinados e estes são a maioria. Isso nos leva a seguinte reflexão: como poderemos nos transformar em mestres? Como poderemos agir como os mestres, nos mantendo dentro daquilo que consideramos o ideal e servir de exemplo para os demais? A resposta para esta questão é muito simples. Para nos tornarmos bons mestres, precisamos primeiro nos tornar bons discípulos! É impossível que alguém se torne um bom mestre sem que antes seja um bom discípulo. Podemos afirmar que este é o maior obstáculo que deve ser superado para que se atinja o sucesso nessa empreitada.
                Ao invés de nos preocuparmos em ensinar os outros, devemos primeiro aprender. Não nos adianta forçar uma condição que não temos. Um grande mestre deve possuir conhecimento, mas também deve possuir carisma de mestre. O primeiro se adquire com estudo e dedicação e o segundo com o desenvolvimento do amor fraterno através da convivência com os outros. O mestre deve ter consciência de que é igual aos demais e apesar de todo conhecimento adquirido deve saber que não melhor do que ninguém. Isso dá ao mestre uma força de atração natural. O mestre encanta pela sua simples presença, porque o conhecimento e o amor pelo outro não estão fora e sim dentro dele, e por esta razão, ele respira confiança. Para chegarmos nesta condição devemos primeiro seguir os passos do mestre; pisar onde ele pisou, seja na grama macia ou no terreno pedregoso. Devemos rir e chorar o riso e o choro do outro; entender o outro; ser o outro. Todas essas coisas não são fáceis de conseguir, portanto, nos preparemos como quem vai à luta. Vamos nos armar de coragem, determinação e muita fé na conquista do objetivo almejado. Não vamos nos desesperar e nos encher de culpa pelas pequenas quedas que inevitavelmente ocorrerão. Vamos usar cada uma das falhas como lições que não devem se repetir e que devem nos tornar mais fortes e mais preparados para as vitórias. Só quem conheceu a derrota tem plenas condições de saborear a vitória.
                Antes de nos arvorarmos em aplicar lições aos nossos irmãos de jornada, devemos primeiro aprender a ouvir aqueles que cruzam nossos caminhos. Cada um de nós, por mais simplório que possa parecer, tem algo a ensinar ao outro e não devemos desprezar o conhecimento que o outro nos traz. O mestre precisa entender a alma humana e uma das melhores formas de adquirir esta capacidade é simplesmente ouvindo, dando um pouquinho de atenção para os outros. Um dia, certamente nos transformaremos em mestres, só depende de nós, mas precisamos antes ser bons discípulos. Só assim daremos ao mestre um sentido para o seu esforço. Neste momento, o mundo já tem grandes mestres e não precisamos de muitos outros. Nesse caso a qualidade importa mais do que a quantidade. Que tal aprendermos primeiro, antes de sairmos por aí achando que podemos ensinar?
                Como em tudo na vida, não devemos levar essa questão a ferro e a fogo. É claro que existem coisas das quais já temos conhecimento, e que podemos passar para os irmãos menos esclarecidos. Na verdade isso é nossa obrigação e faz parte de nossa evolução. O que não devemos fazer é nos colocarmos como superiores em relação a esses irmãos. Eles também estão trazendo algum aprendizado para nós, por isso devemos considerá-los um pouco como nossos mestres também. Esse é o procedimento que vai nos transformar em bons discípulos e futuros mestres.
                Outra coisa que ajudará a nos tornarmos bons discípulos e futuros mestres é a observação. Quando paramos para observar os outros sem pré-julgamentos podemos aprender muito mais. Comunicamos-nos por diversos meios, não só pela boca utilizando palavras. Comunicamo-nos pelos gestos, pelas expressões faciais, pelo olhar, pela respiração, pelo espírito, pela energia, por todo nosso ser. Através da observação isenta de julgamentos poderemos entender o que as pessoas estão sentindo e falando por todos esses modos de comunicação. Chegaremos ao ponto de saber o que se passa com uma pessoa somente pela sua presença, sem que ela pronuncie nenhuma palavra. Assim são os grandes mestres. Sabem o que queremos dizer antes mesmo de abrirmos a boca.
                Dá pra ver que temos muito a aprender antes de nos tornarmos mestres, portanto, vamos tentar primeiro ser bons discípulos. Não importa que nos considerem aprendizes, o que importa é que saibamos quem somos. Temos um longo caminho pela frente, por isso devemos caminhar devagar para não nos cansarmos em demasia. É muito triste ver alguém que se comporta como mestre quando não consegue nem ser um bom discípulo, mas é muito bom ver alguém que nos ensina o pouco que sabe se colocando na condição de quem está aprendendo.

Errar faz parte de nosso aprendizado. Uma das formas de não errarmos tanto é não tentar ensinar aquilo que não sabemos.

Victor

Mensagem psicografada em 04/06/18

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