Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

Se desejar, faça um comentário. Sua opinião e/ou colaboração além de muito importante, será bem vinda.

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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Visitando e revisitando o passado


            


  É sempre útil e importante visitar e revisitar o passado para podermos ter uma noção mais clara daquilo que somos e daquilo que estamos fazendo no presente. Não devemos viver do/ou no passado, mas sim tê-lo como referência e ponto de apoio para adquirirmos plena consciência de como devemos agir no presente. Já sabemos que tudo tem uma causa e que toda causa tem um efeito como determina a lei da causalidade, que é uma lei universal, portanto, o passado é, sem sombra de dúvida, muito importante. O que houve no passado é a causa do que acontece no presente. O passado é importante não só para que façamos esta autoavaliação, mas também para podermos traçar estratégias para a construção de nosso futuro.

                Não estamos sugerindo que nos tornemos saudosistas ou que fiquemos estagnados e presos mentalmente a uma época que, em nosso modo de ver, foi melhor, ou mais feliz ou talvez mais produtiva. A volta ao passado como exercício de buscar uma visão mais abrangente de nossa estadia na matéria não deve ser encarada como uma forma de reviver as sensações e sentimentos que ficaram no passado. Nosso olhar, nossa esperança e nossos planos devem estar sempre direcionados para o futuro. Cada vez que voltamos a pensar em algumas situações já vividas, ainda que façamos isso de modo instintivo, sem saber bem por que o fazemos, estamos seguindo, mesmo sem ter consciência, a lei do progresso, também conhecida como lei da evolução. Esse retorno ao passado é uma espécie de dispositivo de que a providência nos dotou e que tem a finalidade de nos fazer caminhar sempre rumo ao melhor, em direção às fases evolutivas seguintes. Parece paradoxal - que voltemos ao passado para seguirmos em direção ao futuro, mas é assim mesmo que o progresso se dá. Essa avaliação, consciente ou inconsciente que fazemos funciona mais ou menos como uma pessoa que dá um passo para trás, buscando um impulso para dar um salto maior para a frente do que aquele que daria sem sair do lugar em que se encontra. Todos nós fazemos este exercício de ida e volta ao passado. Ele é parte do processo através do qual evoluímos.

                Ao longo de nossas vidas vamos tendo as mais diversas experiências, notadamente aquelas que necessitamos e que, na maioria das vezes, acreditamos que não são adequadas para nós. Ora achamos que são repetitivas, ora achamos que são duras demais, mas o fato é que estamos tendo as experiências que nos cabem e não outras. Se assim não fosse toda a nossa existência não teria o menor sentido. Muitas dessas experiências, quer acreditemos ou não, foram até combinadas e planejadas quando de nossa preparação para a reencarnação. Portanto, cada um de nós está no lugar certo e na hora certa, passando por aquilo que deve passar, e assim acontece para o nosso crescimento. Essas experiências vão se acumulando e se tornando uma rica fonte de pesquisa que pode ser usada sempre que precisarmos. Somos hoje o produto da soma de todas as nossas experiências nesta encarnação e nas encarnações passadas. Chegará o dia em que poderemos, pois já estaremos evoluídos o bastante para tal, revisitar não só nossas lembranças desta encarnação, mas de todas as encarnações. Isso já pode ser feito quando do desencarne. Alguns de nós, conforme sua condição evolutiva, naturalmente, depois do desencarne recuperam de modo muito rápido sua memória integral. São poucos os que podem fazer essa recuperação, mas no futuro, poderemos todos fazer isso, e o melhor, faremos isso aqui mesmo, encarnados. Isso ocorrerá sem que precisemos ser hipnotizados ou submetidos a terapias. Será um processo natural, fruto da evolução espiritual e material que está ocorrendo de forma lenta e gradual como tem que ser.

                Alguns de nossos irmãos acabam ficando presos ao passado. Isso se dá pelo mau uso deste dispositivo que nos permite voltar mentalmente às experiências passadas através de nossa capacidade de lembrar. Porque isso ocorre? Existem muitas causas para esse fenômeno. Talvez a mais comum ocorra quando utilizamos este recurso de progresso para fugirmos do presente, quando ele nos desagrada, ou quando o consideramos insuportável. Usamos esta capacidade fantástica de retornar aos fatos já ocorridos para, com eles, substituirmos as sensações, sentimentos e contrariedades de um presente ou mesmo de um futuro que tememos. Casos como este podem acabar, e na maioria das vezes acabam como patologias mentais, muitas delas sem retorno, pelo menos durante a encarnação vigente. Outra agravante deste quadro que começa com o mau uso das lembranças passadas são as obsessões. Os obsessores costumam aproveitar-se de pessoas que se refugiam no passado para prejudicá-las. Percebendo o desejo de fuga da vítima, o obsessor procura reforçar as lembranças do passado dessa pessoa, transformando-as em ideias fixas e desse modo fazendo com que o obsedado se transforme num autômato. Alguém que se prende a determinadas experiências e dali não consegue se libertar, ou seja, não faz novos planos e não desenvolve novas ideias. Fica estagnado, comprometendo assim sua encarnação. Isso é algo a que devemos ficar muitos atentos. Quando percebermos que estamos insistindo em recordar determinados fatos que não têm como retornarem, é o sinal de alerta para que voltemos ao presente, porque ele é o que importa. Temos que ter em mente que as lembranças, boas ou más das experiências passadas, só devem servir como base para que não cometamos os mesmos erros e para fazermos tudo cada vez melhor. Lembranças repetitivas é sinal de problema e podem ser uma porta aberta para a obsessão, isso quando não são elas mesmas, fruto de uma obsessão.

                Podemos e devemos visitar e revisitar o passado. Isso é saudável e faz parte de nossa natureza. Evoluímos através de nossos erros e nossos acertos e para fazermos este balanço temos que utilizar nossa capacidade de recordar as experiências boas e ruins que tivemos. Só não podemos fazer disso uma ponte para escaparmos das experiências presentes ou futuras que nos farão crescer. Precisamos ter em mente que o crescimento traz dores, mas depois de toda dor vem o alívio e a certeza de que estamos mais fortes. O acúmulo de experiências é banco de dados precioso que deve ser mantido para consulta sempre que necessário, mas não pode ser sustentáculo da encarnação. Quem fica preso ao passado está simplesmente ignorando o presente e abrindo mão do futuro.

                Devemos olhar para o futuro. É lá que se encontra a oportunidade de progresso, em qualquer sentido que entendamos essa palavra. O passado, por mais radiante que o consideremos, ficou para trás. Vamos pensar que o futuro pode ser melhor ainda do que o passado e que podemos construí-lo do jeito que quisermos usando para isso tudo aquilo que aprendemos até agora. Se observarmos atentamente, veremos que nós somos movidos a sonho. Vivemos muito mais em função daquilo que desejamos que aconteça do que daquilo que está acontecendo ou que aconteceu. Somos movidos a esperança e ela aponta para o futuro e não para o passado. Isso, por si só já razão suficiente para percebermos que o passado tem sua importância sim, mas que é para o futuro que caminhamos.

                Tudo isso ganha importância maior quando nos vemos como espíritos imortais que têm a eternidade pela frente. Temos um futuro infinito pela frente, no qual as possibilidades também são infinitas. Pensado assim, chega até ser irracional que fiquemos atrelados a algum momento no passado dessa eternidade. Este passado nunca representará mais do um ponto numa reta infinita. Ponto que não deve ser desprezado, mas que deve ser considerado apenas uma referência para que saibamos para onde aponta a reta que nos encaminha para o futuro melhor.

                A providência é sabia e nos dota daquilo que precisamos para a nossa evolução. É compreensível que nós, pela nossa própria natureza, algumas vezes utilizamos estes recursos de modo inadequado. Mas isso não pode ser usado como desculpa para permanecermos cometendo os mesmos erros repetidamente. Como já dissemos, a evolução tal como a lei de causa e efeito é uma lei divina e como tal não é discutível, ela apenas é e se cumpre. Visitar o passado buscando um modo de melhorar o futuro é estar dentro da lei, porém, ficar preso ao passado se recusando a enfrentar o futuro é uma tentativa de burlar a lei, e isso não é razoável nem permitido. Permanecer dentro da lei, ou seja, olhar para frente e para o futuro, buscando o progresso constante, é a melhor forma de estar ajustado à lei é também uma forma de expressar gratidão ao Criador!

Passado, futuro e presente só existem em nossa mente, por isso podemos dar maior importância a um ou a outro. A escolha é nossa!

Victor

Mensagem psicografada em 25/06/2018



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