Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

Se desejar, faça um comentário. Sua opinião e/ou colaboração além de muito importante, será bem vinda.

Do lado direito, logo abaixo, temos os marcadores - através deles você localiza os textos pelo assunto de seu interesse.


Nosso e-mail: umamigalhadeluz@gmail.com

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no final de cada texto. Sua participação é muito importante!

sexta-feira, 1 de março de 2019

ESSÊNCIA E APARÊNCIA


             
             Como se costuma dizer, nem tudo que brilha é prata e nem tudo o que reluz é ouro. Por trás de muita coisa aparentemente bonita e vistosa podem se esconder muitos perigos. Uma bela flor pode esconder um inseto que vai nos picar. O mais prudente, portanto, seria estarmos precavidos em relação às ilusões da aparência. A aparência é algo que se perde no tempo. Nada fica bonito e vistoso para sempre aqui nesta dimensão. Devemos nos preocupar e valorizar as coisas que não perecem, tais como o amor, a justiça e o respeito. O curioso é que essas coisas nem forma física têm. Não é mesmo interessante que essas coisas nem sejam reais do ponto de vista físico? Mas são coisas como estas que mantém este mundo funcionando com um mínimo de ordem. Estas são coisas que podemos chamar de essenciais. Elas são imprescindíveis para nossa existência, mas não é esse o foco do nosso humilde texto.  Citamos estes conceitos apenas para dar uma ideia, ainda que imprecisa, sobre como costumamos nos deixar envolver pelas aparências e não prestamos atenção em coisas cujo valor é bem maior do que outras mais visíveis.

                Nosso discurso não é novo, pelo contrário, essas ideias já foram divulgadas há muito tempo. Desde as mais remotas eras já se falava que o importante era a essência e não a aparência. Platão, em seu “mundo das ideias” retrata bem o que estamos querendo dizer. Quando é que vamos entender de uma vez por todas que mais vale o espírito imortal do que o corpo perecível? Ah! Como a humanidade viveria melhor e mais feliz se prestasse atenção nas coisas essenciais. Como aproveitaria melhor o seu tempo na Terra desenvolvendo as faculdades espirituais. Não desejamos passar a ideia pessimista de que a humanidade não tem jeito. Não é isso que desejamos. Digamos que nosso texto traz um suspiro de cansaço. Vamos entender este suspiro como uma pausa para a reflexão de alguém que tem trabalhado muito em prol da evolução da humanidade e que percebe que o trabalho é árduo e lento, mas que também entende que deve ser assim, pois as grandes mudanças têm mesmo essa característica, ou seja, precisam ocorrer de forma lenta e gradual para poderem se efetivar.

                O progresso dos homens está acontecendo, basta que voltemos nosso olhar para o passado da humanidade para ver o quanto progredimos. Progredimos tanto na parte material quanto na parte espiritual. O que nos faz, de vez em quando, suspirar assim, é o fato de percebermos que o progresso espiritual não caminhou na mesma velocidade que o progresso material. Já conhecemos a fissão nuclear, a física quântica, o DNA entre outros desvendamentos importantes. Já somos capazes de curar tantas doenças que no passado assustaram a humanidade. Fomos capazes de tudo isso, mas ainda não conseguimos deixar de sentir inveja, ódio, rancor, mágoas e outros tantos sentimentos paralisantes. Ainda desejamos mal para os outros e ainda queremos tudo para nós mesmos. Ainda somos muito orgulhosos, muito egoístas e muito dependentes da matéria.

                Acreditamos que o ideal é que estes dois aspectos do progresso caminhem lado a lado. O que podemos fazer para mudar este estado de coisas e fazer com que o progresso espiritual alcance o progresso material? Devemos nos ligar a Deus? Devemos orar? Devemos nos dedicar à religião e às práticas espirituais? A resposta para essas perguntas é sim e não. Sim, porque devemos fazer tudo isso. Devemos nos ligar ao Todo, pois já está claro que todas as coisas e seres estão inexoravelmente conectados, isto é, estamos conectados a todas as outras coisas e seres que existem, desde um grão de poeira até o maior dos planetas, desde a bactéria até o maior dos mamíferos. A conexão com o divino nos coloca no prumo e nos torna aptos para conhecer os segredos do universo. A resposta também é não, porque o modo como estamos fazendo essa conexão não é mais adequado para este momento evolutivo. É hora de mudança de fase, pois chegou o tempo do sentir e do intuir. Chegou a hora de mudar, porque é simplesmente inevitável. Para algumas coisas as palavras não são mais necessárias. Este é o momento da oração interior, porque não podemos mais mentir para nós mesmos. Atingimos um momento evolutivo em que podemos reconhecer o que é essencial sem grande esforço da inteligência chamada racional. O fato é que já nascemos sabendo de muitas coisas e é por isso que não precisamos mais repetir tantas palavras que já se desgastaram com o tempo. É hora de falar com Deus em silêncio. Chegou o momento da religião interior, porque o homem já começa a perceber que o Deus que ele procura está nele mesmo, sempre esteve e sempre estará. O homem não precisa mais gritar para que Deus o ouça - quanto mais baixa sua voz mais claramente será escutado.

                Não foi sem razão que começamos este texto falando de coisas abstratas, como justiça, respeito e amor. Assim fizemos porque estes são exemplos de coisas que não precisam ser faladas para se tornarem reais, elas precisam apenas ser sentidas interiormente. Elas só existirão a partir do momento que o homem lhe der vida e ele não fará isso com um discurso, ele as tornará objetivas quando senti-las e depois exteriorizá-las em atos. Somente nós, espíritos em corpos humanos é que podemos compreender as coisas essenciais. Só nós podemos compreender o que são coisas como a solidariedade e o altruísmo, ninguém mais neste planeta pode. Isso nos torna muito importantes, na verdade isso nos torna deuses, porque compreender o essencial é compreender o Todo de que fazemos parte. Isso é a harmonização com o Deus em nosso interior. Ter essa compreensão é um passo rumo ao infinito. É o princípio do verdadeiro despertar. É o começo da libertação!

                Compreender tais coisas nos torna muito importantes de fato. Descobrimo-nos deuses. Saber que somos a consciência do universo e viver em essência representam um momento esplendoroso da humanidade, mas que nos enche de responsabilidade e que tem um preço a pagar – o preço do conhecimento. Quando se começa a viver em função da essência, tendemos a negligenciar o mundo físico. Não podemos deixar que isso aconteça por vários motivos e o principal deles é que ainda estamos encarnados e sujeitos as leis e a lógica física e não podemos ignorá-las. Ainda temos um corpo que precisa de cuidados para que nossa essência, ou nosso espírito possa se manifestar em plenitude e dar esses primeiros passos rumo ao mundo essencial. Apenas para não criar dúvidas, queremos esclarecer que o “mundo essencial” não é o “mundo espiritual” como alguns podem estar pensando. Viver no mundo essencial é um estado de consciência que pode ocorrer em qualquer dimensão a que estejamos submetidos. Viver do conhecimento que dispensa palavras é alguma coisa que está para além das aparências, como já falamos. Aparências existem aqui e na dimensão espiritual em todos os níveis.

                Algumas dessas palavras parecerão enigmáticas para algumas pessoas, mas até isso tem uma razão de ser. A ideia é justamente fazê-las pensar a respeito. Quando foi que os grandes mestres e profetas foram totalmente claros? Nunca! Eles sempre deixaram alguns enigmas para nos fazer pensar e algumas lacunas para serem preenchidas. Por que nós, humildes espíritos que trabalham no dia a dia da evolução humana seríamos totalmente claros e precisos? A verdade é que todos os segredos do universo estão dentro do homem, de cada um deles, sem exceção, e palavras como estas têm a finalidade de fazer com que aqueles que desejarem, começar a procurar o ouro interior. A beleza da descoberta virá para cada um. Cada um terá o seu momento de despertar. Cada um terá seu lampejo divino.

                Essa libertação de que falamos tem para nós um significado próprio. Para nós a libertação é algo que acontece de uma vez e nos lança num gozo tremendo, num momento de alegria incontida e que com o tempo vai diminuindo até nós nos acostumarmos com ela. Essa libertação de que falamos ocorre de forma contrária ao habitual. Ela começa com clarões conscienciais de milionésimas frações de segundo e vai aumentando com tempo até se tornar constante. Esta não explode, ela se instala, e é assim que deve ser, pois o espírito não a suportaria caso viesse de uma vez. O tom é profético, mas não há outro modo de falar da divindade que está reservada ao homem. É o muito dentro do muito e o mínimo dentro do mínimo. Como explicar coisas que não explicáveis com palavras? Esse é o destino que sempre foi e que nos espera; que sempre foi, que é e que sempre será. Como dizia o mestre Jesus: “que tem ouvidos de ouvir, ouça”.

                É bem certo que muitos pensarão que este texto foi transmitido por um espírito embusteiro ou mesmo brincalhão, até pelo jeitão profético pelo qual foi escrito. Não tem a menor importância que isso aconteça, não nos importamos com isso e ficamos felizes que cada um pense o que quiser. A verdade, embora ela seja relativa ao tempo em que está inserida, será reconhecida, quer queiramos ou não. O privilégio e o prazer de sermos os portadores desta mensagem superam com certeza qualquer dissabor que a descrença dos leitores venha a nos proporcionar.


Só o homem tem o que Deus tem – o homem é a consciência do universo.


Humberto


Mensagem psicografada em 18/01/2019


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