Não
deve ser motivo de vergonha ou aborrecimento ou mesmo apreensão o fato de se
estar recomeçando algo que se tenho parado por qualquer que seja o motivo. Ah!
Se não fôssemos humanos! Mas somos, e é assim que nos comportamos. Pensamos em
fazer coisas, começamos coisas, abandonamos coisas e recomeçamos coisas. E não
é novidade nenhuma que é assim que evoluímos. É desse jeito mesmo que vamos caminhamos
rumo ao nosso destino iluminado.
Errar,
cometer enganos, perder-se nos caminhos é tão humano e tão necessário para o
nosso aprendizado, para o nosso crescimento... O importante é termos
consciência de que tudo aquilo que fazemos sempre tem uma razão para ser feito
e é assim que deve acontecer. Está nos desígnios do Todo ou se preferirem outro
nome, nos desígnios de Deus. Eis aqui um bom assunto para tratarmos: os nomes das coisas.
Muitos
de nós ainda se encontram apegados aos nomes de um modo não muito salutar. Sentem
que precisam de um nome para que possam considerar algo como existente, válido
ou como aquilo que reconhecem por esse nome. Não há nada de extraordinário
neste comportamento. Usamos uma linguagem para nos comunicar; usamos a
linguagem para nos comunicar até conosco mesmo. Portanto, não é tão difícil
assim entender a necessidade que temos de nomes. Se usássemos apenas imagens
transmitidas telepaticamente, certamente não precisaríamos de tantos nomes para
tantas coisas. Para complicar um pouco mais, nós costumamos dar mais de um nome
para a mesma coisa. Mas, vamos ao que interessa: a coisa é sempre mais
importante que o nome da coisa. Onde queremos chegar? Queremos lembrar que
alguns de nossos irmãos ainda têm alguma dificuldade em compreender algumas
coisas quando se lhe trocam os nomes, como se ao trocarmos o nome de alguma coisa
essa coisa deixasse de ser o que é. Vamos dar um exemplo: se chamarmos Jesus
Cristo de Mestre Nazareno ou de Salvador da Humanidade, com certeza não estamos
falando de três entidades diferentes, não é verdade? Porém, Infelizmente acontece
que, alguns desses nossos irmãos ainda se encontram tão escravizados aos nomes
que não aceitam essa ideia, isto é, acabam tomando a coisa pelo nome da coisa. Isso
acontece muito com o nome de Deus. Cada religião o chama de uma maneira diferente
e nem por isso Ele deixa de ser o que é. Isso ocorre, em parte, porque alguns
homens ainda não conseguem ver as coisas de um modo menos passional. Muitos
ainda mantêm o velho hábito da antropologização, ou seja, trazem para o modo de
ver humano tudo aquilo que não está ao alcance de nossa inteligência. Colocam-se
como a referência para a compreensão de entes e entidades que nem sabem o que
são. Todos já ouviram ou leram as palavras bíblicas que dizem que Deus fez o
homem à sua imagem e semelhança, mas o contrário é que é verdade - o homem fez
Deus à sua imagem e semelhança, e fez mais ainda, lhe deu nomes! Chegamos então
ao cúmulo de definir e nomear algo que está, e que provavelmente sempre estará
acima de nossa limitada compreensão. E por falar em Deus, acreditamos que este seja
o caso mais corriqueiro de algo cujo significado se transforma, segundo o
entendimento de alguns, é claro, quando o nome é trocado.
Parece
que estamos chovendo no molhado, não é? Aparentemente sim, mas o que queremos
apontar e chamar atenção é para o fato de que muitas desavenças, desencontros e
finalmente separatismos começam simplesmente porque as pessoas não concordam
com o significado dos nomes que são atribuídos às coisas. Percebam que, cada
doutrina, filosofia ou religião faz questão de nomear seus ritos, procedimentos
e entidades com nomes diferentes daqueles que são usados pelos outros, e porque
isso acontece? A princípio, se justifica essa mudança de nomenclatura como
necessária para que não se confundam as doutrinas. Usa-se esta desculpa para
que cada instituição torne Deus uma exclusividade sua, quando não uma
propriedade particular. A separação, que começa com a simples mudança de alguns
nomes, acaba se transformando em disputas pela posse da verdade e pela atenção
exclusiva das divindades.
Estamos
falando da ignorância da humanidade que não consegue sequer se conhecer e que
tem a pretensão de conhecer algo que está acima de sua capacidade cognitiva. E
por que levantar essa questão? Para que ela sirva de alerta, principalmente
para nós, que acreditamos na existência do espírito imortal e na sua supremacia
sobre a matéria. Já é tempo de nos conscientizarmos de que entramos numa nova
era, e que grandes mudanças estão ocorrendo. Estamos dando um salto em nossa
evolução e coisas desse tipo não podem mais fazer parte de nossa vida. Não
podemos mais ficar encalhados feito embarcação no raso. A grande mudança está
se processando em frente aos nossos olhos distraídos. Não podemos permitir que
coisas desse tipo atrasem a nossa viagem rumo ao infinito.
Convidamos
todos a refletirem sobre a questão dos nomes. Você se incomoda quando trocam o
nome de uma coisa, mesmo sabendo do que se trata? Se a sua resposta for sim,
quer dizer que você ainda se encontra preso aos nomes quando deveria se
importar com a coisa a que estão se referindo e que isso é um atalho para os
separatismos, sem contar que isso também demonstra uma falta de respeito para com
aqueles que se expressam de modo diferente. É bastante comum que algumas pessoas
não aceitem algumas ideias, pelo simples fato delas terem sido expressas com
palavras simples, em linguagem popular, acrescentando preconceito à questão dos
nomes.
Toda
essa discussão nos leva à outra questão. O que é mais importante: a essência ou
a aparência? Ambas são importantes e necessárias na ocasião certa. Mas o que
fica é sempre é a essência, por isso devemos estar atentos, para não trocar o
temporário pelo definitivo. Por que devemos nos preocupar com os nomes que dão à
determinadas coisas quando já apreendemos sua essência? Já está na hora de nos
comportarmos como espíritos que são essência em essência. Sinônimos
não têm muita utilidade no plano espiritual - as coisas são o que são e nada
mais. Nesta grande mudança que está em andamento, uma das coisas certas é que
nossa linguagem não vai mais servir de instrumento para a mentira. Os espíritos
que estão reencarnando nos dias atuais, não se deixarão mais iludir pelas
armadilhas da linguagem e não se importarão com os nomes, porque eles já vêm
com este sentido desenvolvido, isto é, a capacidade de captar a verdade
independente da linguagem utilizada. Para nós, que estamos no momento da
transição é possível perceber que algumas pessoas já não são tão enganáveis
quanto foram as pessoas da geração passada, porque essa habilidade também já
está despontando em nós.
Vejam
como é importante a questão dos nomes. Eles estão na origem de muitos problemas
pelos quais passa a nossa humanidade. É crucial que entendamos que essa
problemática foi e ainda é necessária para o nosso crescimento. É pelas
dificuldades geradas pelas separações que percebemos a grandeza e a beleza da
união, mas chega um momento em que não podemos continuar cometendo os mesmos
erros que já foram úteis. Sua repetição não tem mais utilidade para nosso desenvolvimento.
É hora de nos voltarmos para o que realmente importa, e o que realmente importa
é que desenvolvamos valores permanentes que não se extinguirão com o corpo
físico provisório que ora habitamos. Vamos nos voltar para a essência das
coisas. Vamos prestar atenção naquilo que as pessoas querem nos dizer e não no
modo como elas estão dizendo. Procuremos captar a essência da comunicação e não
a aparência provisória da mensagem que estão nos passando. Quer queiramos ou
não, o mundo está mudando, se tornado mais espiritualizado. É como se o plano
espiritual e plano material estivessem caminhando para uma síntese. Eles estão
se aproximando e se fundindo em um plano melhor, menos denso e onde não cabem
mais certos comportamentos que já deveriam ter sido extintos.
Falamos,
falamos, mas continuamos nos comportando como corpos com espíritos e não como
espíritos em corpos. É hora de encararmos a temporalidade terrena como o que
ela realmente é - uma grande ilusão. O espírito é sempre presente. Para ele,
passado, presente e futuro não são momentos e sim lugares que ele pode visitar
ou não como lhe aprouver. Um bom modo de começarmos a nos comportar de acordo
com a fase evolutiva
em que nos encontramos, é pararmos
de dar tanta atenção para os nomes e prestarmos mais atenção nas coisas mesmas,
ou seja, nos ligarmos mais à essência e menos às aparências.
Muita paz, muita luz e muita
reflexão... É o que momento pede.
Victor
Mensagem psicografada em 30/11/2018.
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