Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

Se desejar, faça um comentário. Sua opinião e/ou colaboração além de muito importante, será bem vinda.

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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Separação, um conceito que pode nos unir.


               
Falar de separação é sempre complicado, uma vez que a própria palavra nos remete à ideia de desagregação e se opõe frontalmente à palavra união, que por sua vez nos conduz à ideia de crescimento e progresso. Costumamos ter uma visão negativa das separações. Porém, as separações, como tudo nesta vida, tem seu aspecto positivo e é sobre este prisma que pretendemos discorrer sobre o assunto. Realmente não é uma coisa que possamos chamar de boa quando, por exemplo, amigos se separam por razões egoístas ou por desavenças; nem é algo bom quando pessoas que tinham um objetivo comum de progresso resolvem ir cada uma para seu lado, abandonado o interesse maior que as mantinha unidas. Não é desse tipo de separação que vamos falar. Vamos nos ater a separação como uma forma de melhorar as coisas. Mas é possível, separar para melhorar? Acreditamos que sim e vamos tentar demonstrar isso. Nosso objetivo, como sempre, não é confrontar ninguém e muito menos nos colocar como donos da verdade, porque, como já repetimos em textos anteriores, acreditamos que esta, só o Criador a tem.
                Quando temos muitos problemas para resolver e quando esses problemas estão nos deixando atordoados, de modo que não conseguimos equacioná-los e dar a cada um a devida solução, surge uma boa oportunidade de usarmos positivamente a separação. Existem casos, por exemplo, em que estamos querendo ajudar alguém, mas por estarmos envolvidos emocionalmente com esta pessoa, não conseguimos lhe apontar o melhor caminho. Isso acontece porque nós também nos deixamos afetar pela mesma pressão a que está sujeita a pessoa que queremos ajudar. Existem também aqueles casos em que os problemas são tantos, e tão variados, que se torna praticamente impossível resolvê-los, pois quando resolvemos um o outro se agrava e acaba se tornando maior que os dois juntos. Nesses casos ficamos perdidos, tal como um barco à deriva num mar tempestuoso. Estas são situações em que podemos usar a separação de um jeito muito produtivo. Devemos simplesmente separar os problemas, classificá-los por ordem de prioridade ou de urgência, ou mesmo de dificuldade. Quando temos muitos problemas a resolver, precisamos decidir qual deles deve ser resolvido primeiro, pois alguns problemas estão relacionados a outros e sua solução contribuirá para a solução desses outros. Parece que estamos chovendo no molhado, não é verdade? Parece que estamos falando o óbvio, mas por incrível que pareça, a maioria de nós não tem tirocínio para proceder desta maneira. Irritamo-nos ou nos apavoramos com o volume dos problemas e só conseguimos solucioná-los com muita dificuldade e depois de muito penar. Queremos resolver tudo de vez, o que é impraticável.
                A solução que apresentamos parece simples, mas separar problemas para poder resolvê-los não é tão fácil assim. Isso porque, nós seres humanos, enquanto espíritos encarnados temos, além da capacidade de raciocinar, a emotividade. Quando estamos envolvidos emocionalmente num problema isso afeta nosso raciocínio e faz com que nós deixemos de raciocinar plenamente, assim perdemos momentaneamente a habilidade de equacionar as questões com as quais temos que lidar. Esse talvez seja o elemento que mais nos atrapalha na hora de fazer a separação que estamos propondo. Precisamos aprender a nos afastar dos problemas. Ainda que, por um breve momento, precisamos enxergar esses problemas como se não fossem nossos, eliminando o componente emocional, assim ficará mais fácil estabelecer a ordem de importância ou de gravidade de cada problema. Fazendo isso vamos ter de volta nossa capacidade de raciocínio e conseguiremos colocar cada problema em sua devida ordem de importância.
                Separados e classificados os problemas, nos surpreenderemos com o fato de que, alguns deles são de solução muito fácil, e veremos claramente que outros simplesmente não tem solução, e como diz o ditado popular, “o que não tem remédio, remediado está”. Somente com este exercício de afastamento é que conseguiremos ter essa visão amplificada, imparcial e racional sobre aquilo que está acontecendo à nossa volta. Sabemos que não é tarefa das mais fáceis nos desligarmos emocionalmente de determinados problemas. Existem situações que são extremamente aflitivas, das quais é quase impossível este desligamento, mas isso é necessário e precisa ser feito. O que podemos fazer para facilitar esse desligamento? Como espiritualistas, recomendamos em primeiro lugar que tenhamos sempre em mente a transitoriedade da vida material. Ela não dura para sempre. Qualquer problema que tenhamos na vida de encarnado, por pior que possa parecer, um dia terminará. Podemos entender a vida na matéria como uma grande ilusão; como um sonho cuja particularidade é que demora um pouco mais do os outros. Não é animador saber que os problemas não duram para sempre? Outra informação que deve acompanhar todo espiritualista é o fato de sabermos que nada fica sem solução. Mesmo que não consigamos resolver algum problema nesta encarnação, teremos outras oportunidades para fazê-lo. Devemos levar nossas vidas conscientes de que todo dia é um dia novo. Todo dia um sol novinho nasce, e nos dá a chance de resolver aquilo que não resolvemos no dia anterior. Novamente parecerá que estamos repetindo o óbvio, mas não temos como falar isso de outro modo. A vida é assim mesmo: simples. Nós é que temos a mania de complicá-la. Será que já não passou da hora de mudarmos esse nosso jeito de lidar com a vida? Será que já não está na hora de entender que o peso do fardo da vida somos nós mesmos que estabelecemos?
                Mesmo para aqueles que não compartilham das crenças espiritualistas, (que para nós é a mais pura e simples realidade) compreender a ideia de separação do modo como a estamos apresentando pode ser útil. Portanto, acreditamos que nosso conselho, se assim podemos, temerariamente, chamá-lo, pode ajudar, tanto espiritualistas quanto materialistas ou pessoas que pensam diferente dessas duas correntes. Aprender a separar os problemas é algo bom para todos.
                É sempre interessante dar exemplos. Imaginemos uma pessoa que trabalha numa determinada empresa e que tem planos de progredir, pois almeja para si um futuro melhor. Essa pessoa se encanta por um (a) colega de trabalho, mas este outro (a) não corresponde a sua expectativa. O que costuma acontecer é que essa pessoa, por se sentir rejeitada por não ter seu sentimento correspondido, acaba misturando o profissional com o pessoal e deixando que o emocional prejudique seu desempenho na empresa, tornando-se um funcionário (a) ineficiente. Esse é o exemplo típico da pessoa que não sabe e que precisa aprender a separar as coisas. Se ela entender que são questões que devem ser tratados separadamente, terá melhores condições de resolvê-las ou pelo menos não deixar que uma coisa atrapalhe a outra. Se essa pessoa conseguir fazer o exercício de afastamento e tentar ver tudo de longe como se fosse um expectador e não alguém envolvido, terá condições de dar uma melhor solução para esse problema. Separação é a palavra chave para casos como esse, que são tão comuns. A mistura do emocional com problemas que exigem raciocínio lógico é algo extremamente comum.
                Separar os problemas não é somente um modo de viver com mais tranquilidade. Saber separar as coisas é condição essencial para a solução de qualquer situação ou problema complexo. Quando estudamos um assunto muito difícil de entendermos o que fazemos? Separamos, dividimo-lo em partes menores para melhor o compreendermos, não é verdade? Depois de compreendermos uma parte passamos para outra e por fim conseguimos compreender a totalidade do tema. A vida pode ser bem menos problemática se adotarmos uma postura de humildade intelectual. Isso nos permitirá perceber que as coisas costumam se repetir e que as soluções que aplicamos a determinadas coisas podem ser aplicadas à outras, levando em consideração as peculiaridades de cada caso, naturalmente. Todas as grandes estruturas que funcionam bem e que trazem resultados positivos, são organizadas e separadas em partes menores e cada parte funciona de modo que a outra possa funcionar beneficiando o todo. Assim é que deve ser.
                Para levarmos nossa vida de um modo mais sereno e mais produtivo, devemos aprender essa lição básica. Devemos aprender a separar os problemas que se nos apresentam e resolvê-los um de cada vez, no seu devido tempo. Se quisermos, como costumamos fazer, resolver tudo de uma vez, estaremos fadados ao fracasso. É como diziam os antigos: “não podemos assoviar e chupar cana ao mesmo tempo”. Separar e resolver as coisas com calma não quer dizer, abandonar ou desistir de nossos projetos. Quer dizer que estamos usando nossa inteligência e sendo estratégicos, porque não se pode construir nada grande sem que tenhamos uma base segura e bem estruturada. Lembremos que quanto maior o edifício mais firme deve ser a base que o sustentará, e mesmo esta, deve ser construída por partes e sem pressa para que possa suportar o que virá depois.

É na simplicidade que a sabedoria se revela.

Muita paz e muita luz!

Victor

Mensagem psicografada em 25/05/2018



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