Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

Se desejar, faça um comentário. Sua opinião e/ou colaboração além de muito importante, será bem vinda.

Do lado direito, logo abaixo, temos os marcadores - através deles você localiza os textos pelo assunto de seu interesse.


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quarta-feira, 16 de maio de 2018

A voz da consciência


‘‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” Matheus 11:15

               
Por mais que o barulho exterior seja forte, nós precisamos ouvir nossa voz interior - a voz da consciência. Aquela vozinha que por vezes nos incomoda com sua insistência. Normalmente ela não nos fala de coisas que nos parecem agradáveis, mas é exatamente essa a sua função, isto é, nos chamar a atenção para as coisas que não nos ajudam a progredir; que não nos ajudam a evoluir. Sua função é mostrar quando estamos tomando o caminho errado, para que possamos corrigir nossa direção. Ouvir a voz da consciência é um meio sempre seguro para não nos desviarmos das metas que traçamos para a nossa encarnação. Digamos que ela é o sinal vermelho que devemos obedecer para não causarmos acidentes de percurso.
                Nem sempre a voz da consciência se manifesta em forma de palavras que nós dizemos para nós mesmos. Algumas vezes ela se apresenta como uma sensação incômoda, como uma pequena opressão no peito, uma sensação de que deixamos de fazer alguma coisa. Outras vezes como uma sensação de vazio, ou mesmo uma sensação de que estamos carregando peso demais. Pode ser também que a voz da consciência se apresente como culpa, embora nem toda culpa que sentimos está relacionada com a consciência, porque existe aquela culpa patológica, que nos joga numa impotência persistente, quando na verdade deveríamos estar reparando as falhas que acreditamos ter cometido.
                Não é errado dizer que a voz da consciência é divina. Ela provém daquilo que chamamos de centelha divina que é a porção de Deus em nós. Ela funciona como um dispositivo orientador, para que nos mantenhamos na programação que nos foi estabelecida. A vida do ser encarnado é cheia de experiências que foram pensadas para que aproveitássemos a passagem pela carne da forma mais produtiva possível. É natural que, em uma ou outra dessas experiências, nós falhemos. Isso faz parte do aprendizado, faz pare do crescimento espiritual que é o nosso objetivo maior. Dentro desse contexto devemos entender a voz da consciência como um instrumento a mais para nos auxiliar no cumprimento das nossas metas como encarnados.
                É muito reconfortante saber que podemos contar com essa ferramenta, que é uma prova da bondade divina para conosco, porém, não podemos esquecer-nos de usá-la. Ela está a nossa disposição, basta querermos, porém, antes de qualquer coisa, precisamos reconhecê-la em nós. Vivemos num mundo barulhento, tanto externamente quando internamente. Quando não estamos envolvidos com a bagunça de fora, estamos atrapalhados com a bagunça interior, e isso não nos permite ouvir nossa consciência. Precisamos arranjar tempo, ainda que sejam poucos minutos por dia, para nos dedicarmos a essa parte essencial de nosso eu. Precisamos ouvir a nós mesmos! Ouvir a voz de nosso eu superior que anseia por nos conduzir ao melhor caminho. Nesses poucos minutos, procuremos estar num ambiente de silêncio e de tranqüilidade, para podermos estar conosco mesmo - eu mais eu comigo. No silêncio, vamos nos perguntar se o que estamos fazendo nesse dia são as coisas certas a se fazer. Vamos refletir sobre nosso relacionamento com as outras pessoas, sejam companheiros de trabalho, amigos, parentes ou esposo (a), etc. Vamos analisar as palavras que dirigimos a essas pessoas. Vamos observar se fomos dóceis ou se fomos ríspidos; se fomos justos ou injustos; se fizemos por eles tudo que poderíamos fazer; se fomos receptivos ou se os repelimos. A resposta virá com toda certeza, e baseados nessa resposta, tiremos nossas conclusões para ver se precisamos mudar alguma coisa. Em caso positivo, não deixemos para depois, vamos resolver os possíveis problemas logo no começo, para que eles não tomem proporções exageradas, de modo que não possam mais ser resolvidos.
                Nesse mundo barulhento, onde não conseguimos nos ouvir, podemos destacar uma consequência dessa surdez voluntária: estamos nos afastando uns dos outros; estamos deixando de nos relacionar e amar as pessoas ao nosso redor. Por não ouvir nossa consciência estamos nos tornando avessos ao amor. Passamos a acreditar que o amor nos enfraquece e nos torna vulneráveis. Passamos a acreditar que não devemos nos envolver nos problemas alheios, mesmo que a nossa consciência esteja nos cobrando uma posição. Essa aversão aos problemas alheios faz com que nos afastemos das pessoas, porque todos têm problemas que precisam ser divididos, inclusive nós mesmos. Imaginem se todos pensarem desse modo egoísta. Cada pessoa vai se transformar numa ilha de solidão. Quando nossa consciência nos diz para ajudar alguém, o que ela está dizendo é: se envolva sem medo de amar, porque ela sabe que o amor não prende nem nos enfraquece. Nossa consciência, que é a representação do amor do Criador em nós, sabe que o amor fortalece e liberta. O amor nos transforma em verdadeiros super-homens e nos dá condições para superarmos todos os obstáculos que surgirem em nossas vidas.
                Hoje em dia não é difícil encontrar homens-ilhas. O que eles não percebem é que não estão ouvindo a si mesmos. Não se dão conta de que, o afastamento dos problemas alheios, apesar da cobrança interior, não lhes faz mais felizes, pelo contrário, transforma a todos em surdos voluntários para quem a consciência, a voz do divino em nós, não significa mais nada. Aquele que deixa de ouvir a voz da consciência pode ser considerado um ser sem rumo, para quem a vida perdeu todo o sentido. Junto com a surdez voluntária vem uma série de patologias que pegam carona neste caminhão de egoísmo. Eles não entendem que agindo assim estão se afastando do propósito de suas existências e não percebem que suas vidas vão ficando tristes e vazias de significado. Vivem para gastar o tempo dado e não para aproveitá-lo.
                A justiça divina é perfeita. Mesmo a pessoa considerada a mais ignorante entre nós, tem dentro de si a voz da consciência para lhe guiar. Pode até mesmo acontecer que uma pessoa muito “inteligente” tenha menos consciência do que alguém menos inteligente. A lógica divina que governa as consciências é diametralmente oposta a que governa as relações humanas. A aparência externa ou aquilo que queremos parecer não tem valor algum no mundo consciencial. Nesse mundo, cada homem é sua própria medida, porque ele tem dentro de si o saber inato da consciência. Mesmo que nunca tenha frequentado um banco escolar,  no fundo, todo homem sabe se está agindo certo ou não, respeitando naturalmente as diferenças culturais das sociedades.
                Precisamos promover reencontros com os outros e conosco mesmo, para retornarmos aos nossos verdadeiros objetivos. Estamos entrando numa fase da humanidade em que os valores do espírito, os valores da consciência precisam aflorar; precisam ser cultivados para que o mundo saia desse estado de indiferença e se torne um mundo onde as pessoas sejam mais solidárias, decentes e honestas, atraindo para si o progresso, tanto material quanto espiritual. Nessa nova fase em que a humanidade está entrando, não haverá espaço para os surdos voluntários. Com o desenvolvimento espiritual do homem não fará mais sentido o isolamento a que muitas pessoas se submetem.
                Parece que não, mas existe estreita ligação entre a falta de consciência, a indiferença e a solidão. Quando ignoramos nossa voz interior, nos tornamos indiferentes ao sofrimento alheio e isso nos conduz diretamente para a solidão. Uma vez isolados, por nossa própria escolha, vamos nos afastando de nossa essência, de nosso propósito de vida e do amor tão recomendado por todos os mestres ao longo da história. As experiências pelas quais temos que passar envolvem, necessariamente, o relacionamento com outras pessoas. Ninguém conseguirá evoluir sozinho! Precisamos trocar sentimentos e emoções com nosso próximo. Só assim é possível evoluir. Podemos até construir uma cidade inteira, mas se não amarmos as pessoas, é como se não tivéssemos vivido e nem construído nada.
                O amor é a razão de nosso viver. Estamos aqui para amar e sermos amados, e enquanto não desenvolvermos esse potencial, teremos que reencarnar muitas vezes, até que isso aconteça. Temos um guia infalível – nossa voz interior, que conhece o caminho do progresso. Só o que temos a fazer é um pouco de silêncio, para poder ouvir suas instruções. Vamos caminhar lado a lado com nossos irmãos de jornada, sabendo que eles são a ponte que nos levará para mundos melhores, onde o amor não é mais um objetivo a ser alcançado e sim uma energia pulsante que a tudo tonifica.
                Vamos aprender a meditar e, no silêncio, vamos ouvir a voz da divindade em nós. Muitos se surpreenderão com aquilo que aprenderão consigo mesmo. Verão que já tinham a resposta para todos os problemas, e que a vida pode ser bem melhor do que isso em que a transformamos.

Victor

Mensagem psicografada em 14/05/2018


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