Porque mais um blog?

É natural que se pergunte:

Porque mais um blog espiritualista de mensagens e poemas em meio a tantos que já existem?

Que teríamos de novo pra oferecer?

Além da simplicidade, sinceridade e desejo de sermos úteis, não temos nada de novo a oferecer, mas gostaríamos de perguntar: será que temos realmente prestado atenção naquilo que temos lido nestes muitos sites e blogs de mensagens ou poemas? Muitos deles trazem ótimas mensagens, lindos poemas e excelentes textos que, se prestássemos mesmo atenção, seriam de grande utilidade para nossa s vidas.

Oferecemos mais um destes blogs com mensagens, poemas e pequenos textos de esclarecimento, porém recomendamos que você leia apenas um texto de cada vez, reflita sobre ele, somente depois leia outro. Nestes tempos de excesso de informação em que vivemos, cometemos o erro de querer ler tudo para saber de tudo e acabamos, na pressa, não lendo nada e não aprendendo nada. Parece que o problema não está na quantidade de blogs e sites, mas no modo como temos nos relacionado com estes textos.

Vamos apresentar textos escritos por espíritos - alguns que ainda estão no corpo físico e outros que já deixaram a matéria densa e desfrutam da liberdade espiritual em corpos menos densos. A preocupação maior desses textos é de contribuir, ainda que minimamente, para tornar a humanidade melhor.

Esperamos que vocês leiam com atenção, desfrutem, reflitam... mas sem pressa!

Não queremos convencer, pregar religião ou fazer a cabeça de ninguém, pois acreditamos que a melhora espiritual só ocorre quando vem de dentro para fora e, para isso, é necessário que tenhamos autonomia. Entendemos que é preciso estar com a mente aberta, livre de dogmas para poder aprender coisas novas.

Se desejar, faça um comentário. Sua opinião e/ou colaboração além de muito importante, será bem vinda.

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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Ansiedade, conhecimento e sabedoria


                Como em todas as coisas na vida do espírito encarnado, com relação ao aprendizado, com relação ao conhecimento, devemos ter o mesmo carinho, a mesma consideração. Isso para podermos nos beneficiar da melhor maneira das novas descobertas, das novas informações que nos vão chegando das mais diversas fontes. Aliás, a diversidade das fontes é algo de suma importância. Muito conhecimento provindo de uma única fonte não é recomendável. O melhor é adquirir conhecimento, ainda que pouco, mas que provenha de muitas fontes, o que lhe garante a universalidade. É aconselhável irmos devagar, pois em nossa condição de encarnados, não temos condições de absorver grande quantidade de conhecimento de uma só vez sem que isso nos deixe desorientados. Essa é uma das razões pelas quais a espiritualidade vai trazendo novas informações à moda do conta-gotas.
                Querer conhecer tudo ao mesmo tempo não é outra coisa senão sinal de desequilíbrio, pois tanto é desequilibrado o preguiçoso que não quer saber de nada quanto o esforçado que quer conhecer tudo de uma vez. Os mistérios que ainda envolvem as outras dimensões da vida, particularmente o chamado plano espiritual, estão apenas começando a serem apresentados. São outras realidades que não podem ser descortinadas abruptamente. Se assim ocorrer, tal conhecimento pode trazer mais problemas do que soluções. Ao invés de trazer o progresso, podem nos levar ao caos. Como podemos ensinar coisas novas para as quais ainda não temos nada que sirva de base estruturadora? Não podemos, por exemplo, explicar a composição da água, sem explicarmos o que oxigênio e hidrogênio. Usando o exemplo da matemática, podemos dizer que estamos na fase de ensinar o que significam os sinais para depois poder mostrar sua utilidade nas diversas operações com os números. O homem ainda se encontra numa fase primária, onde os conhecimentos mais sutis devem ser ministrados de modo gradual. Muito ainda precisa ser feito em nível de preparação para que estes conhecimentos possam ser absorvidos por nós em toda sua plenitude
                É sem razão e desnecessário que nos desesperemos para adquirir novos conhecimentos, para desvendar novos mistérios. Essa ansiedade coletiva, que pode ser facilmente observada, e que é causada pela pressa de conhecer é a prova maior do despreparo dos homens para entrarem numa fase evolutiva superior. Precisamos preparar o recipiente, ter certeza de que ele está forte o bastante para suportar o conteúdo que pretendemos guardar nele. Se suas paredes não forem firmes ele se romperá e terá que ser reconstruído, fazendo com que o processo do aprendizado demore bem mais do que o necessário.
                Cada ser que habita este planeta, independente do reino a que pertença; todas as coisas animadas ou não, estão sob a supervisão de consciências superiores. Nada aqui está sem supervisão e governo. Essas consciências elevadas sabem que a evolução não poder ser apressada. Ela tem o tempo certo de acontecer. Algumas coisas não podem ser feitas rapidamente. É como um remédio que não pode ser tomado de uma só vez, porque ao invés de curar, pode até matar o doente. É bastante compreensível que algumas pessoas sintam essa pressão, esta necessidade de conhecer cada vez mais. Entramos a pouco tempo numa época onde a informação é abundante e esse é um dos motivos dessa ansiedade coletiva que existe hoje, que já pode ser considerada patológica, e que já começa a trazer problemas para a evolução dos espíritos. É uma fase difícil, onde muitos se confundirão e terão que recomeçar, mas como tudo o que existe, é também uma fase necessária. É mais ou menos como alguém que se depara com uma linda montanha distante. Ele sabe que ela está lá; sabe das belezas que poderá contemplar quando atingir o seu cume. Porém, existe uma floresta que precisa ser transposta, e depois ainda terá a escalada pela frente. O viajante deve estar consciente de que haverá muito perigos e obstáculos a enfrentar, e por isso deverá caminhar somente um pouco por dia. Deverá parar muitas vezes para o necessário descanso que lhe renovará as forças. Vencendo os primeiros desafios chegará ao sopé da montanha preparado para a escalada. Assim deve ser o estudante das coisas espirituais, um viajante consciente das etapas de sua viagem, enfrentando-as uma de cada vez, porque não poderá vencer um novo obstáculo sem que tenha passado pelo obstáculo anterior.
                O conhecimento faz com que o espírito se fortaleça tornando-o mais apto para as próximas jornadas, seja em que mundo for, seja em que corpo for. Mas é preciso estar atento para uma coisa aparentemente simples: conhecimento deve ser acompanhado por sabedoria. É preciso ter a simplicidade que se estampa em toda a criação para se tornar um sábio. Podemos dizer que a sabedoria é fruto da observação e não produto de complexos raciocínios. É fácil ver pessoas muito simples que não conhecem grandes teorias, mas que possuem grande sabedoria. São pessoas que vivem bem, vivem com tranquilidade e têm vida longa. Isso acontece porque elas souberam usar essa habilidade que todo espírito tem e que poucos aproveitam – a sublime arte da contemplação. Isso nos faz lembrar uma velha história. Um homem considerado grande sábio visitou um homem muito simples e ensinou-lhe coisas muito interessantes. Ao se despedirem, o homem simples pediu ao sábio que esperasse um pouco até a chuva passar. O sábio, vendo o dia radiante e o sol a pique, zombou do homem simples, pois não havia sinal nenhum de que poderia chover e partiu assim mesmo. Alguns minutos depois o sábio volta, todo encharcado, embaixo de um tremendo temporal e pergunta ao homem simples como ele adivinhou que ia chover. Ele respondeu ao sábio que sabia que a chuva vinha pelo zumbido dos insetos, pelo cheiro do vento e pelo silêncio dos pássaros. Nesse dia o pseudossábio compreendeu que ainda tinha alguma coisa para aprender e que havia outros tipos de conhecimento. Costumamos agir como este pseudossábio da história. Achamos que já sabemos de tudo e deixamos de prestar atenção em coisas muito simples que podem ser a chave ou a base para novos conhecimentos.
                Devemos estudar - quanto mais, melhor, com certeza. Mas existem momentos em que devemos parar o observar o mundo à nossa volta. O mundo é um grande livro aberto, cheio de conhecimento, que não deve ser desprezado e que não pode ser encontrado nos livros comuns. O livro do mundo traz conhecimentos que são reconhecidos por nosso espírito sem que palavras sejam escritas ou pronunciadas. É como se o mundo penetrasse em nós com toda a sua beleza e grandiosidade. Devemos parar o olhar o mundo; cheirar o mundo; ouvir o mundo; tocar o mundo e sentir o gosto do mundo. Algumas pessoas, depois de adquirirem muito conhecimento costumam se distanciar do mundo, o que é um erro infantil. Chega a ser paradoxal - quanto mais estas pessoas conhecem o mundo mais se afastam do mundo. Esquecem da lição mais básica, isto é, que somos parte do mundo, ou melhor, que somos o mundo.
                O que de bom podemos tirar de tudo isso?  Que em tudo precisamos encontrar o equilíbrio. Não adianta sermos grandes teóricos das estrelas quando ainda não compreendemos o solo em que pisamos. Não devemos desprezar o conhecimento das pessoas mais simples. Todos têm alguma coisa a aprender e alguma coisa a ensinar, por isso estamos aqui, para nos completarmos e caminharmos juntos para uma condição evolutiva melhor. Vamos aprender qual é composição química da água do mar e da areia da praia, mas vamos acordar cedo e caminhar à beira da água para sentirmos a carícia que fazem em nossos pés; vamos ouvir o canto do mar. Vamos sentir a pulsação da Terra no ir e vir das ondas. Essa dupla forma de nos relacionarmos com o mundo nos dará o conhecimento integral e não parte dele. Desse modo, poderemos entender e sentir a grandiosidade da criação em todas as suas formas de expressão.
                Conhecer é reconhecer. Sabendo que no universo tudo está interligado, incluindo a nós, espíritos, encarnados ou livres, podemos concluir que o conhecimento do universo já está em nós, uma vez que fazemos parte dele e que tudo está interligado. Sabendo disso, chegamos também à conclusão de que o melhor modo de conhecer o universo é conhecer a nós mesmos. Isso não é novidade, chega mesmo a ser uma repetição maçante. É o tipo de conhecimento que, por ser de uma simplicidade desconcertante, faz com que o desprezemos. Esse é outro erro básico que cometemos. Tudo está em nós. Cada espírito é um pequeno universo em expansão e conhecendo a si conhecerá o Todo, do qual é parte essencial.
                Busquemos conhecimento nos livros, busquemos aprender dos mestres, mas não nos esqueçamos de buscar dentro de nós mesmos, e a melhor forma de fazermos isso é parar de vez em quando para observar e contemplar o mundo ao nosso redor. A natureza nos mostrará pacientemente como devemos nos conduzir para aproveitarmos efetivamente nossa estadia na matéria. Vamos nos guiar pela razão sem esquecer que o guia maior é nosso coração. Vamos aprender a ouvir a voz da Terra e a nossa voz interior, porque ambas falam a mesma língua - a língua dos anjos.

Victor

Mensagem psicografada em 07/05/2018


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