Queridos
amigos.
Queridas
amigas.
Uma das
questões que sempre deixa as pessoas apreensivas no que se refere à realidade
espiritual, ou à realidade da dimensão espiritual ou ainda à realidade da
existência do espírito e do mundo onde ele se manifesta é a seguinte: todas
estas afirmações em relação aos espíritos (homens desencarnados que mantém sua
consciência em outra dimensão ocupando um corpo menos denso) e à dimensão
espiritual (mundo original e paralelo ao nosso, onde os espíritos se manifestam
e continuam sua jornada, atuando em prol da evolução de si próprios e dos
demais e que serve também de local onde o espírito pode fazer uma pausa entre
as encarnações) são de fato verdadeiras ou não passam de fantasias criadas
pelas mentes imaginativas de algumas pessoas? A questão se desdobra e alguns
perguntam: Será que isso não pode ser uma espécie de carência ou doença própria
da espécie humana e que acomete muitas pessoas ao mesmo tempo e em muitos
lugares diferentes? Quem sabe pode até ser um efeito colateral do desenvolvimento
evolutivo do cérebro humano? Afinal, por que é que os espíritos, se é que
existem mesmo, não se mostram logo de uma vez por todas e acabam com essas
dúvidas que, desde sempre perturbam a humanidade? Porque não nos dão logo uma
resposta ‘‘científica’’, passível de comprovação?
Uma das
preocupações legítimas de algumas pessoas é que, não havendo uma resposta
definitiva, uma comprovação inquestionável, toda essa problemática serve para
nutrir todo tipo de interpretação descabida. Serve ainda como base teórica e
prática que é usada por pessoas mal-intencionadas, charlatões de toda ordem,
interesseiros, gananciosos que se fazem passar por intérpretes dos espíritos
com o único intuito de ganhar dinheiro. Não seria mais fácil, para usar uma
linguagem popular, se a realidade espiritual fosse logo escancarada de vez,
pondo fim a dúvida e acabando com a descrença em relação à sua existência? Por
que? Por que? Por que?
Bem, vamos
tentar, na medida do possível esclarecer, ou pelo menos jogar alguma luz sobre
estas questões, porém, de antemão, podemos afirmar que estas respostas não são
simples, até por que a questão não é simples e, por mais que nos esforcemos,
não conseguiremos satisfazer a todos. Esta questão é complexa e não temos a
pretensão e nem competência para esgotá-la neste singelo ensaio.
É fato que a
evolução faz parte da vida humana e de toda a vida no planeta Terra. A evolução
é lei, antes de mais nada. A evolução é inevitável. Com base nisso podemos
colocar primeiramente que a Terra e os homens, isto é, os espíritos encarnados,
não estão ainda preparados para encarar esta realidade face a face. Não estamos
evoluídos o bastante para coexistir e atuar em duas dimensões. As mudanças
provocadas pela evolução em uma espécie aqui na Terra podem durar milhões de
anos em alguns casos. Com o homem, enquanto espírito imortal encarcerado numa
roupagem física, animal vivendo na Terra não poderia ser diferente. Para que as
pessoas possam coexistir e lidar com duas realidades ao mesmo tempo será
preciso que elas evoluam alguns bons anos, quem sabe séculos. Não podemos
imaginar que esta mudança venha a acorrer de uma hora para outra, da noite para
o dia. O homem tem ainda muita dificuldade para lidar com uma realidade só - a
realidade material. Como poderá lidar com duas realidades, cujas lógicas são
diferentes, simultaneamente? No momento evolutivo pelo qual passamos isso é
impossível.
Como um
segundo argumento para responder a questão proposta podemos colocar a problemática
do aprendizado, a principal razão pela qual o espírito encarna na Terra, isto
é, encarnamos para aprender e assim evoluir. Os espíritos mais evoluídos que
cuidam dessas questões consideram que é mais produtivo para o homem, quando se
trata de aprendizado, que ele trate com o plano espiritual de modo abstrato,
pelo menos no momento. Queremos dizer que este trabalho imaginativo, de abstração,
através do qual grande parte das pessoas toma conhecimento da realidade
espiritual, isto é, o descrever e conhecer todo um mundo sem ter contato com
ele através de nossos cinco sentidos básicos é um exercício extremamente útil,
que tem como finalidade a nossa preparação para a convivência futura entre
encarnados e desencarnados e a coexistência nas duas dimensões. Isso se dará
num futuro próximo, quando as capacidades extra-sensoriais das pessoas já
estiverem desenvolvidas o bastante, ou seja, tiverem evoluído, atingindo o
ponto de poderem usar todos os sentidos, normais e extra-sensoriais, nas duas
dimensões da vida, nos dois mundos paralelos. Falamos dos sentidos que já temos
e dos que se desenvolverão no processo evolutivo.
Hoje, não só
no Brasil, mas em muitas partes do mundo, estão acontecendo trabalhos no
sentido de fazer com que as pessoas possam desenvolver estas capacidades
extra-sensoriais visando o futuro, quando tais pessoas poderão coabitar as duas
dimensões. Podemos adiantar que isso ocorrerá num futuro próximo. Esses
trabalhos de desenvolvimento que parecem encontrar-se em fase de início, na
verdade existem desde a antiguidade. Há muito tempo que o homem já tem contato
com o plano espiritual, o plano matriz e já vem se preparando para esse
despertar da consciência para as duas realidades. Em todo o mundo se praticam
experiências visando o aprimoramento dos sentidos extras do ser humano. Isso
tem se intensificado nos últimos anos. Desde a antiguidade já temos
conhecimento da existência de pessoas “especiais”, isto é, pessoas que desenvolveram capacidades tais como clarividência, mediunidade, etc., capacidades que, nem
todos desenvolveram ainda, e que lhes permite o contato com a realidade extrafísica. O
que acontece hoje é que, estas experiências estão se popularizando e
tornando-se acessíveis à uma grande quantidade de pessoas. Os que aprendem vão
passando o conhecimento adiante e assim a evolução vai ocorrendo. É chegado o
momento do Planeta dar um salto evolutivo. Muito já se tem falado sobre isso.
Milhões de pessoas no mundo já podem afirmar com certeza que o plano espiritual
é uma realidade, porque tais pessoas já começaram a entrar nessa nova fase
evolutiva e começam a pisar no assoalho da Nova Era.
Um terceiro
motivo que podemos apontar para justificar a descrença na realidade espiritual
é a onda de ateísmo e de ceticismo que vem assolando a humanidade,
principalmente depois dos acontecimentos que ocorreram a partir do chamado
renascimento, seguido depois pelo iluminismo. Nesse período, o homem que
poderia, ao invés de reinterpretar Deus, redefinir Deus, preferiu contestá-lo e
negá-lo. Cabe aqui uma pequena observação: a existência da realidade espiritual
sempre esteve atrelada a Deus, seja considerando-o como entidade ou apenas como
ideia. Mas uma coisa não precisa necessariamente estar ligada a outra, exemplo
disso é que podemos conceber a existência do plano espiritual sem que Deus
exista nele e podemos conceber a existência de Deus sem que exista o plano
espiritual. O que queremos deixar claro é que na época que acabamos de
mencionar estas duas coisas estavam completamente ligadas. Daí o fato de que as
pessoas ao negarem a divindade, consequentemente negavam a existência de uma
realidade paralela, ou seja, o mundo dos espíritos. A negação da divindade
passou a ser sinônimo de racionalidade, pois a racionalidade tem como
característica marcante a negação do sobrenatural. Haviam, é claro homens
reconhecidamente iluminados que negavam apenas o Deus da Igreja, Voltaire é um
exemplo de pensador daquela época que acreditava em Deus, mas não o aceitava
como a igreja o definia. O que parece que as pessoas não entenderam até hoje é
que o sobrenatural não é uma criação divina ou espiritual. O sobrenatural é uma
criação da própria ignorância do homem. Em suas fracassadas tentativas de
definição, o homem apequenou a divindade através dos tempos para poder
colocá-la ao seu alcance. Quanto mais tentava explicá-la, mais se distanciava
dela. Essa situação foi se agravando ao longo do tempo em função das atrocidades
e loucuras praticadas pelo homem que vem usando a divindade como desculpa para
suas lutas movidas pela ganância e pelo poder. Prova disso são as infinitas
correntes de pensamento religioso que se formaram a partir do Cristianismo, sem
falar das religiões que não se baseiam na pregação de Jesus, cuja problemática
não é muito diferente. O curioso de tudo isso é que é difícil imaginar como foi
possível tanta divisão, quando o Mestre foi tão simples e tão claro ao reduzir
sua doutrina ao “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo”, mas vamos adiante. Se o homem tivesse se preocupado em redefinir a
divindade, tentado compreendê-la de um modo mais grandioso, ele a teria tirado
da condição de sobrenatural e a colocado como simplesmente “algo que ainda não
se conhece”, deixando assim a porta aberta para a pesquisa e o conhecimento.
Nos dias de hoje ainda podemos observar pessoas com muito pouco conhecimento
negando a divindade simplesmente para não ficarem fora da moda. Nas rodas de “intelectuais”
falar em Deus é uma afronta à inteligência. É uma pena que sequer perguntam o
que as pessoas querem dizer quando se referem a Deus.
Outra característica marcante da humanidade ao longo do tempo é que ela sempre tentou
compreender coisas que não estão ao seu alcance antes de compreender coisas que
se encontram à mão. Seria mais lógico, mais inteligente e mais producente que o
homem tentasse compreender primeiro a si mesmo, e a partir daí compreender
coisas que podem estar dentro dele mesmo e que ele pensa estarem fora e a anos
luz de sua capacidade de compreensão.
Tendo
conhecimento de toda a complexidade envolvida neste tema, a espiritualidade maior não entende
isso como problema e sim como experiências muito apropriadas para o crescimento
evolutivo do homem, e não permite que tudo se aclare de uma só vez. Não seria
nem um pouco producente para a humanidade. Algumas pessoas querem que as coisas
lhe sejam entregues prontas. Não querem se dar ao trabalho de estudar, pesquisar
e conhecer, compreender e crescer. O crescimento faz parte da lei de evolução
que tudo abrange e ninguém está imune a ela. É fato que o comodismo é um dos
grandes problemas da humanidade. Parece que não queremos nos dirigir, queremos
ser dirigidos – é mais fácil, menos traumatizante. Esse comodismo pode ser
apontado como mais uma das razões importantes pelas quais a realidade
espiritual não é revelada de um só golpe. Não seria um estímulo, com certeza,
para aqueles que insistem em não crescer.
Atualmente,
vivemos a era da informática, onde muitas coisas precisam ser repensadas, para
que toda essa informação disponível não se torne, ao contrário do que se
deseja, agravante de problemas ao invés de um incentivo às soluções. Precisamos
estar atentos para que a informática, ao invés de impulsionar a humanidade para
frente se torne mais um instrumento de controle econômico das massas na mão de
algumas pessoas que têm imenso prazer em controlar aqueles que não desejam
pensar por si mesmos.
Existem
inúmeras outras razões que poderiam ser apresentadas como respostas que
ajudariam a clarear a questão inicial proposta, mas acreditamos que estas
seriam derivadas dos argumentos que humildemente já colocamos. Não que não
tenham importância, mas faria com que nosso texto se tornasse muito longo e
essa não é a nossa proposta. Este tema pode ser pesquisado com mais
profundidade em diversas obras existentes, basta que o interessado se disponha
a isso. O fato é que, hoje em dia, esta questão (da constatação da realidade
espiritual) para muitas pessoas não tem razão de ser, porque como já foi dito, milhões de
pessoas em todo o mundo já sabem e podem testemunhar a favor de que a dimensão
espiritual é real. Tais pessoas, sejam médiuns, clarividentes, projetores
astrais, enfim, sensitivos de todos os tipos, desenvolvem trabalhos conjuntos
com a espiritualidade e isso desde muito tempo. Para estas pessoas, perguntar
se a dimensão espiritual existe de fato, não tem o menor sentido, pois elas
atuam regularmente nas duas dimensões. Esse jogo de acreditar ou não acreditar, para estas pessoas já teve sua razão de ser, porém nos dias atuais não tem mais cabimento. Podemos
fazer tal afirmação porque as experiências para se constatar e conhecer a
dimensão espiritual já estão ao alcance de todo aquele que se dispuser a buscar
a resposta e experimentar por si mesmo as técnicas que já existem à disposição
para constatação, conhecimento e contato com a realidade espiritual.
Infelizmente, para muitos, é mais cômodo permanecerem sentados confortavelmente
em seus sofás criticando sem conhecer, sem se expor. É mais cômodo falar contra
aquilo que não se conhece do que descer do pedestal da racionalidade e sair em
campo para pesquisar. Precisamos abrir nossa mentes para outras possibilidades, sem medo de errar e sem medo de descobrir que podemos estar errados em nossas concepções.
Aqueles que já
estão em contato com o plano espiritual e seus habitantes e já sabem de sua
realidade não devem se aborrecer com esta postura de algumas pessoas, porque,
como já dissemos, tudo isso faz parte da evolução humana e, sob certo aspecto,
é muito produtiva.
A constatação
e aceitação da realidade bidimensional, na verdade, é apenas uma questão de
tempo. Quantos e quantos fatos foram negados até que a força de sua realidade
obrigasse todos a aceitar, mesmo a contragosto, aquilo que é obvio. A
humanidade precisa de tempo para se acostumar com algumas coisas. A evolução,
repetimos, se dá de modo lento e gradual, portanto, não devemos tentar apressar
as coisas. Deixemos que cada um vá descobrindo a realidade em seu tempo.
Muita paz e
muita luz.
Victor
Mensagem
psicografada em 26/9/2016
Bom dia.
ResponderExcluirOlha só, discordo de você quando diz que essa condição é muito "óbvia", na minha ignorância está há anos luz de ser óbvia e as pessoas não quererem enxergar. Sinto inclusive um pouco de arrogância na sua mensagem tentando passar simplicidade. Não sou nehuma expert, mas mesmo com toda leitura existe sim muita dúvida, e não por ficar sentado no sofá criticando,ou com preguiça de estar dentro de uma casa espírita, mas pela complexidade do tema em sí. Isabel Silva
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa noite. Agradecemos muito seu comentário. Este é um trabalho que está apenas começando e como humanos imperfeitos que somos estamos sujeitos a cometer erros ou nos expressarmos de modo equivocado. Vamos refletir bastante no seu comentário e aprendermos o máximo com ele. Muito obrigado mesmo! Muita paz e muita luz pra vc!
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