É com as
bênçãos do Mais Alto que iniciamos mais um dia de exercícios mediúnicos.
Muitas
pessoas que se dispõem a praticar os exercícios mediúnicos, particularmente a
psicografia, esperam obter resultados surpreendentes, revelações fantásticas ou
previsões incríveis que lhes comprovarão a presença e a efetividade da
participação dos espíritos (homens que não se encontram encarnados) nas
comunicações que recebem.
É bem
natural que esse desejo ocorra com os desencarnados despreparados e ansiosos,
pois um dos grandes males desses últimos anos em que vivemos é a falta de
profundidade. Todos querem tudo e rápido como se o mundo fosse acabar em um só
dia. O intercâmbio entre homens e espíritos não se dá desta maneira.
Os
espíritos que trabalham para o progresso da humanidade, e que precisam de
auxiliares encarnados à altura da responsabilidade do intercâmbio honesto e
desinteressado, não revelarão coisas importantes à aprendizes apressados que só
desejam a comprovação dos fenômenos da intercomunicação entre “mortos” e
“vivos”. Para esses apressados iniciantes diremos o seguinte: nada de
extraordinário vai acontecer, a não ser que esteja na hora certa e quando
estiverem preparados e conscientes da responsabilidade que estarão levando em
seus ombros. Ninguém entrega uma grande tarefa para alguém que tem grande
possibilidade de falhar em sua execução. Daí é fácil concluir naturalmente, que
é condição essencial ao candidato a médium que se prepare adequadamente; que
burile seu caráter; que trabalhe suas capacidades por longo tempo para que
aprenda, entre outras coisas, a separar o que é seu daquilo que é do espírito
comunicante. Isso leva algum tempo... Não é o tipo de coisa que acontece de
repente. É preciso que se desenvolva confiança mútua – em uma palavra: sintonia.
Sabemos que
o dia a dia do encarnado não é nada fácil em função das imposições da vida na
matéria. A sobrevivência na matéria exige atenção para com as necessidades
inerentes a ela. Por isso, nós espíritos, temos paciência para esperar até que
o iniciante esteja pronto para receber tarefas que possa desempenhar com
eficiência.
É mais ou menos o que acontece com quem solta
uma pipa ao vento. Vamos dando linha à medida que a pipa se mostra estável e
resistente a força do vento. Para uma pipa desequilibrada não se pode dar muita
linha sob pena de que ela se perca. Vamos então, trabalhando com calma, um
pouquinho a cada dia, progredindo aos poucos e adquirindo a confiança mútua, ao
mesmo tempo em que se desenvolvem as habilidades necessárias para que as comunicações
se tornem cada vez mais fiéis ao espírito comunicante. A evolução não se dá aos
saltos. Ela é lenta e gradual. Quanto mais tentamos apressá-la, mais a estamos
retardando.
O candidato
a médium deve ter em mente que uma das mais importantes virtudes que deve
desenvolver é a paciência. Até porque este trabalho não é só seu. O tempo do
trabalho não é determinado por ele. Tudo obedece a uma programação estabelecida
pelos espíritos dirigentes responsáveis pelas atividades de intercâmbio. O
médium deve ter consciência de que, como o próprio nome diz, é um intermediário
– alguém que recebe alguma coisa e passa para outra pessoa. Não é para nós
mesmos que trabalhamos. Nossa recompensa é a satisfação de saber que estamos
trabalhando para o Mestre dos Mestres. Precisamos conquistar, através da
dedicação aos exercícios e nossa reforma interior, o reconhecimento dos
espíritos para que sejamos dignos das nobres tarefas da espiritualidade.
Precisamos
entender que não somos nós que escolhemos este ou aquele trabalho. Somos
trabalhadores que não tem o privilégio de escolher a tarefa, até porque, em se
tratando de trabalho junto à espiritualidade, todas as tarefas são nobres.
Permaneçamos
firmes no propósito de servir e o resto ocorrerá naturalmente no devido tempo.
Victor.
Mensagem recebida em 12/09/2016
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